Google+ PENSAMENTOS LIBIDINOSOS: 2010

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Não sei...






Não sei se és apenas desejo,
prazer ou volúpia...
Não sei se os teus lábios
são beijados ou apenas selváticamente mordidos...
Não sei se apenas cerro os dentes
quando o prazer obriga ou se te sinto...
Não sei se o prazer
do teu corpo também é sentir
ou apenas a fricção dos corpos...
Não sei se o serpentear
das nossas línguas
é apenas um instinto selvagem
ou um acto de amor...
Não sei se o nosso olhar
é apenas malícia ou ternura...
Não sei se os teus seios,
são os teus seios
ou apenas mais uma imagem do desejo...
Não sei se a húmidade do teu sexo
é a nossa cúmplicidade mais profunda ou apenas mais uma fantasia sem rosto...
Não sei se te amo ou se apenas me deleito no teu corpo...
Não sei se prazer e amor
poderão ser sinónimos...
Não sei...
Não sei se a tua lingerie
te torna mais bela,
ou te transforma na minha prostituta privativa...
Não sei se os nossos gestos nos pertencem
ou se não passam de imitações...
Não sei se existe espaço no meu imaginário
para te amar a ti, tal como és...
Não sei se não somos ambos
vítimas do erotismo e da pornografia mediática...
Não sei se ainda
poderemos amar-nos
sentindo-nos...
Lembrando-nos que aqueles
corpos somos nós,
as nossas lágrimas,
os nossos beijos e abraços,
os nossos sonhos e temores...
Não sei se ainda reconheceremos
os gestos mais puros e ingénuos...
Não sei se ainda seremos capazes
de misturar orgasmos com lágrimas..
Não sei, mas tenho
a certeza absoluta que tu sabes...



Barão de Campos




Apenas gestos










A forma como pintas os lábios, o movimento que anima cada gesto,

desperta os mais insuspeitados e contidos desejos...

A forma como soltas o cabelo e te insinuas,

conhecendo os efeitos que provocas...

Tudo em ti enfurece o corpo e incendeia a mente,

como se o prazer fosse o objectivo supremo...

Pudesse a vida conter uma dimensão inconsequente,

onde penetrar-te fosse apenas cumprir o desejo...




Barão de Campos


Desejo na escuridão...




Dentro da madrugada, sonâmbulo,
existindo entre dois mundos,
enquanto dormes,
o desejo invade o meu corpo,
as minhas mãos apertam os teus seios rígidos,
deslizam para o teu sexo quente e húmido...
Esfrego-me em ti na ânsia cega
de te penetrar de todas as formas...
Mordo os teus lábios
como quem ilumina a madrugada...
O prazer torna-se som,
frémito, loucura sem contornos...
A escuridão alimenta as fantasias
mais inconfessáveis...
Tudo acontece numa dimensão
onde a razão está entorpecida...
movimentos orgásmicos...
...o prazer sem retorno,
o ejacular espesso e lento
sincronizado do líquido da vida...



Barão de Campos

TU...





Hoje dobrei-me sobre o teu corpo,
passei a língua pela tua pele,
senti o teu arrepio quente,
escutei as palavras que não disseste...
Lentamente, como quem atravessa
uma fronteira em clandestinidade,
toquei-te com as minhas mãos,
fiz de ti a palavra não pronunciada,
desejo após desejo,
entre gemidos e pensamentos disformes,
apertei-te contra o meu corpo,
entrei dentro de ti,
como quem redescobre a vida...
Ficámos em Nós,
numa pertença
sem nome...
Beijei-te no calor fundo
da tua boca...
Oscilámos as nossas línguas
em movimentos sincronizados...
Olhei-te como se os teus olhos
fossem o espelho dos meus...
Amei-te no desejo,
numa melodia a mil tempos...
Avolumei o prazer no desejo que sentias,
afundei-me em ti,
conquistador ou naufrago...
Talvez a última palavra
tivesse sido a que não disseste...
Talvez a resposta fosse:
Amo-te...



Barão de Campos

....






Mordia os teus lábios quentes e húmidos,
sorvia a tua língua volumosa,
apertava os teus cabelos,
agitava-me entre o lamber dos teus mamilos
e a procura escaldante do desejo...
Intenso o cheiro, tudo em ti era pleno,
os contornos das tuas ancas,
a humidade espessa do teu sexo...
Penetrava o teu corpo,
rebentava dentro de ti
o prazer que as palavras não dizem...
olhava-te e o desejo ardia...
Gritavas e gemias
balbuciando o meu nome...
Permanecias de coxas bem abertas,
balouçando entre o espasmo
e a vertigem...
Olhar cúmplice,
esboçavas um sorriso,
desenhavas uma lágrima,
prolongavas o sentir 
do desejo cumprido...


Barão de Campos

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