Hoje dobrei-me sobre o teu corpo,
passei a língua pela tua pele,
senti o teu arrepio quente,
escutei as palavras que não disseste...
Lentamente, como quem atravessa
uma fronteira em clandestinidade,
toquei-te com as minhas mãos,
fiz de ti a palavra não pronunciada,
desejo após desejo,
entre gemidos e pensamentos disformes,
apertei-te contra o meu corpo,
entrei dentro de ti,
como quem redescobre a vida...
Ficámos em Nós,
numa pertença
sem nome...
Beijei-te no calor fundo
da tua boca...
Oscilámos as nossas línguas
em movimentos sincronizados...
Olhei-te como se os teus olhos
fossem o espelho dos meus...
Amei-te no desejo,
numa melodia a mil tempos...
Avolumei o prazer no desejo que sentias,
afundei-me em ti,
conquistador ou naufrago...
Talvez a última palavra
tivesse sido a que não disseste...
Talvez a resposta fosse:
Amo-te...
Barão de Campos
7 comentários:
Já escrevi tantas poesias nesse sentido, poetizei os sentidos incessantemente, cruzei fronteiras da imaginação oculta no limiar dos desejos, e sempre, sempre me ouviu dizer: "amo voce"
Belas poesias, lindo seu espaço. Grata por seguir o blog.
Um abraço
Seria o final apropriado um «amo-te». Com prolongamento para outros horizontes e cujas portas seriam abertas com chave de ouro. Um final digno do poema e da poesia da vida.
Nossa que blog mais quente, ehehe!
Beijos, ja sigo
Nice...
o blog!
Saudações poéticas!
Amei
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